(PÓS-CORRIDA) O que a Espanha tem a dizer?

Barcelona veio neste domingo (09) para quebrar um sequencia forte de corridas emocionantes e malucas, mas não deixou de ser boa e ter seus destaques. E claro, foi possível tirar muitas conclusões do que deve-se manter ou mudar em algumas equipes.

Largada:

O início das corridas estão sendo cruciais para a movimentação no restante da prova, os carros que largam da ponto não vem errando em suas largadas, mas sempre tem um que larga melhor, e geralmente esse é o Max Verstappen.

Na prova em Barcelona o piloto da Red Bull Racing sabia que sua melhor chance era ultrapassando Lewis Hamilton já na largada, aproveitando a longa reta antes da primeira curva e foi isso que ele fez.

É de se imaginar que se Verstappen não tivesse realizado a ultrapassagem, Hamilton teria vencido a corrida sem maiores problemas, mas toda a situação obrigou uma ação da Mercedes e uma estratégia diferente para o inglês vencer.


Renasceu:

Por fim Daniel Ricciardo teve um bom final de semana com sua nova equipe. Ele se classificou bem e converteu isso na corrida. Terminou em sexto, uma posição acima da qual largou e a frente do companheiro de equipe Lando Norris, que até agora vinha se dando melhor nas corridas.

Colocando em pauta que o Grande Prêmio da Espanha é um divisor de águas entre as corridas anteriores para as próximas, se espera que Ricciardo continue com o bom desempenho já que as provas a seguir são em traçados recorrentes nos campeonatos e que o piloto tem muitos dados sobre elas, diferente de Portimão e Imola.

Deu errado, mas deu certo:

Se tem alguém sofrendo nos finais de semana e que se esperava um bom rendimento é a AlphaTauri e Pierre Gasly. A equipe não pôde contar com Yuki Tsunoda na corrida, já que o carro do piloto parou de funcionar logo no início do GP, mas eles ainda tinham o piloto cabeça deles em pista.

Contudo, o francês errou ao parar mais para frente de sua marca na largada e teve cinco segundos de punição pagos em um pit stop. Ele largou em décimo segundo, pagou a punição, fez uma prova de recuperação e ainda conseguiu terminar dentro da pontuação.

Não foi como ele gostaria, mas foi um saldo positivo em vista de tudo que aconteceu com a equipe este final de semana.

O papel do segundo piloto:

Parece estar sendo difícil para Sergio Perez e Valtteri Bottas seguirem seus papéis nas equipes qual representam. O primeiro passou mal no treino classificatório e não largou em boa posição, mas na pista abriu passagem para Verstappen após a parada do holandês no pit, mas ficou nisso! Perez não estava perto o suficiente para ajudar a equipe em barrar uma estratégia diferente da Mercedes.

Em contraparte, Bottas tem seus méritos de ainda subir no pódio e dar pontos preciosos para a Mercedes no Mundial de Construtores, mas fica claro que sem um carro extremamente superior o finlandês não consegue acompanhar Verstappen, muito menos Hamilton. E diferente de Perez, ele foi mais duro com o companheiro de equipe quando a Mercedes pediu de maneira singela que ele abrisse passagem para o heptacampeão.

Nesta corrida ficou claro que a Red Bull precisa de seu segundo piloto próximo se quiser ganhar o campeonato!

Repetindo estratégia:

Sem Perez para atrapalhar qualquer ideia merabulante, a Mercedes decidiu repetir a estratégia da Hungria 2019. Chamou Hamilton para uma parada a mais, colocou pneus médios novos e fez o inglês lançar voltas voadoras e diminuir a distância de 24 segundos do primeiro colocado Verstappen.

Como dito a cima, Bottas não facilitou a vida do heptacampeão, mas nada que impedisse o mesmo de chegar lá na frente. E olhando para o grid hoje, dá para dizer que só ele e possivelmente Verstappen conseguiriam entregar um bom resultado com uma estratégia dessas.

Falhando na estratégia:

Já a Red Bull parecia estar do avesso neste domingo. Começando por um pit lento, algo raro para a equipe que tem o recorde de parada mais rápida da história. Contudo, o que de fato estragou toda a corrida de Verstappen foi a escolha dos pneus, o piloto foi apenas com um conjunto de médios, aquele que ele usava quando Hamilton e Mercedes deram o pulo do gato.

A equipe austríaca não tinha o que fazer além de torcer para Hamilton errar ou ser atrapalhado de maneira monumental por alguém. Se Verstappen parasse logo em seguida, ele teria que calçar o composto duro (menos veloz) ou o macio (menos resistente) e quem sabe perderia até a segunda posição para Bottas.

Verstappen fez sua parte largando bem e não cometendo erro algum, mas não foi o suficiente para vencer a corrida.

Não é mais elefante, é uma bomba na mesa:

Não dá mais para ignorar que depois de quatro corridas metade do grid (se não ele inteiro) já foi prejudicado por Nikita Mazepin e perdeu a paciência.

No domingo foi a vez de Toto Wolff chamar a atenção da atitude do russo em um rádio direto para a FIA. E dessa vez ele atrapalhou de forma indireta uma disputa pela liderança. Os fãs já estão fazendo apostas de quando o piloto da Haas vai tirar alguém da corrida de forma efetiva, e o dia pode estar chegando já que a próxima corrida é em Mônaco.
Fica cada vez mais desagradável ter Mazepin em pista e parece estar desgastando todo mundo.

É esperar e ver qual atitude a FIA pode vir a tomar se as atitudes desse indivíduo não mudarem.

Campeonato pegando fogo:

2021 está sendo o melhor início de campeonato da carreira tanto de Verstappen quanto de Hamilton. O inglês abre uma vantagem de 14 pontos para o piloto da RBR, mas ainda temos 19 corridas pela frente e muita coisa pode acontecer.

Mas fica evidente que ambos estão empurrando-se ao limite e é isso que o publico quer ver.

Lewis Hamilton já chegou ao seu ápice, mas Max Verstappen é alguém que vai sair ganhando esse campeonato de qualquer forma, se não pela taça do mundial vai ser pelos ensinamentos que ele está coletando em pista! E diferente do que acontece com seus competidores de geração (Lando, Russell e Leclerc), ele já vai ter uma grande carga e experiência graças a este ano de 2021 e chega com vantagem em qualquer campeonato que competir quando Hamilton se for da categoria.

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