O Torcedor da Fórmula 1 e a Síndrome do Impostor Reversa

Recadinho da GDF1: O texto a seguir é um desabafo de uma fã do esporte, ele é extremamente pessoal (que poderia assinar em baixo), vamos aprender um pouco com ele e deixar a comunidade mais prazerosa para todos

Já faz algum tempo que uma epidemia se alastra pela comunidade da Fórmula 1: ela é conhecida como ‘Síndrome do impostor reversa’. Todo mundo sabe que a síndrome do impostor é aquela na qual a pessoa não se acha merecedora das coisas boas que acontecem em sua vida e, por isso, sempre se diminui ou se coloca para baixo. 

Já a síndrome do impostor reversa é aquela em que o portador menospreza as conquistas alheias, munido de um sentimento exagerado de auto importância e falsa sensação de poder sobre a vítima de seus ataques. 

Essa doença acomete uma parcela pequena, porém barulhenta dos fãs dos “carrinhos correndo em círculos”, sendo essas pessoas de qualquer faixa etária. 

Os sintomas geralmente são: 

  • Capacidade cognitiva limitada, impossibilitando o portador de reconhecer que um fato e a sua opinião são coisas diferentes; 
  • Falta de interesse sobre informações técnicas da categoria, tornando a argumentação (nesses casos) tão profunda quanto uma poça de urina de um mendigo na calçada; 
  • Revisionismo histórico, geralmente acompanhado de frases como “fulano só ganhava por causa do carro” ou “fulano não merece o tanto de títulos que tem” (imaginem vocês que os carros têm um papel fundamental para que os pilotos vençam na Fórmula1, dá para acreditar nisso?!); 
  • Estatística com base no método VDMC (vozes da minha cabeça), que tem 0% de metodologia científica (o que é isso?! É de comer?!) e, assim como qualquer pseudociência ou o tiozinho do bar, só serve para “””tentar””” validar a própria opinião – Exemplo: os títulos do piloto Y foram 70% carro e 30% braço, já o do piloto Z foi 90% braço e 10% carro; 
  • Detração disfarçada de “crítica”, que em geral se inicia com um “olha, eu gosto muito do piloto X” acompanhado de questionamento da capacidade ou merecimento das conquistas desse mesmo; 

E por último, mas não menos importante: 

  • Comparação dos feitos do piloto F com qualquer lenda do esporte, a fim de diminuir os números do primeiro. 

Vocês conhecem alguém assim? Já tropeçam com alguém na sua timeline apresentando esses sintomas? Caso sim, o Ministério do Bom Senso recomenda que você evite contato e procure apenas apreciar esse belo esporte, no qual homem e máquina se complementam, sendo IMPOSSÍVEL (por qualquer critério razoável) a discriminação de porcentagem de quem ou do que se sobressaiu. Dessa forma, você garantirá a saúde dos seus neurônios e usufruirá daquilo que realmente importa: a Fórmula 1. 

Texto por: Daniela Hotz

1 comentário

  1. Muito obrigada pelo espaço Rafa! Seu trabalho é muito importante e faz da comunidade um lugar mais acolhedor 😊

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