Público, gritos e bandeiras por todos os lados. Era isso que até 2019 nossos olhos podiam presenciar. A Fórmula 1 sempre foi um grande evento, tal evento que tinha a capacidade de atrair a atenção de todos e reunir todas as classes em frente à televisão, para testemunhar novas histórias sendo escritas.
Em 2020, o mundo foi assolado por conta da Pandemia de Covid-19, o medo se fazia presente e os gritos estrondosos foram tampados por máscaras, as arquibancadas que sustentavam o público se fecharam e todos começaram o isolamento.
Nem por isso o maior evento de automobilismo se isolou do mundo. Com todos os cuidados necessários, foi possível que os carros voltassem para a pista, e aos domingos o fiel público se distraísse com 20 carros em pista.
Todos os protocolos passaram a ser seguidos, um calendário totalmente diferenciado e imprevisível. Não se sabia se nas próximas semanas teria ou não uma corrida no país que estava programado. Eram 2 ou 3 corridas seguidas, o calendário foi todo reduzido e com um curto intervalo entre uma corrida e outra.
Assim como no mundo, cada momento na Fórmula 1 passou a ser valorizado. Os novos meios de comemoração, entregas de troféus e até as pequenas “bagunças” e “brincadeiras” nas coletivas, foram motivos de saudade.
Com vários esportes parados por conta da pandemia, muitos começaram a buscar saber mais sobre a categoria de automobilismo. Não existe data para gostar, não é porque você chegou na época dos anos 80 ou 90, que você é um fã melhor do que aquele que começou a ver a categoria recentemente.
O quanto o público da Fórmula 1 cresceu, é algo indescritível, passou a ganhar o coração de crianças e jovens. E até mesmo aqueles adultos que pararam de ver as corridas por um certo motivo, voltaram seus olhos para a tela da televisão.
Inspirações foram surgindo, e pessoas foram tomando coragem para seguir seus sonhos. É, quem diria que 20 pilotos poderiam ter tal poder assim. Pode parecer bobo para alguns, mas a paixão é algo indecifrável, que faz o seu coração palpitar e você sentir diversas emoções. E é exatamente isso que todo mundo sente, ao ouvir o barulho alto do carro acelerando.
Esse novo normal nos permitiu presenciar diversos momentos, uma nova história na Fórmula 1 sendo escrita, uma disputa acirrada entre dois pilotos e um que é o principal de todos. Devemos aproveitar cada corrida como se fosse a última, para quando a saudade bater a gente ter exatamente o que se recordar e também contar.
“Geração Senna” ou “Geração DTS” não importa, o que importa realmente, é você amar o esporte incondicionalmente, e se lembrar que nada é impossível.
Texto por: Maria Clara Araujo