(PÓS-CORRIDA) O que Silverstone tem a dizer?

Foi uma corrida memorável para um campeonato que não vêm agradando a muitos.

Desde os treinos os pilotos andaram muito próximos, a própria pole foi decidida por uma questão de 6 milésimos de segundo. E na corrida a coisa não foi diferente, foram vistas ultrapassagens do início ao fim.

A corrida da Grã-Bretanha teve seu ponto de virada com o safety car entrando em pista após a ida de Antonio Giovinazzi para a brita na metade da corrida.

Antes disso uma disputa acirrada acontecia entre Valtteri Bottas e Lewis Hamilton pela primeira posição e Charles Leclerc e Max Verstappen pela terceira. Entre os dois pilotos mais jovens a coisa já vinha se estendendo desde a Áustria e essa vez o monegasco conseguiu se defender muito bem.

Entre trocas de pneus e a entrada do safety car muita coisa mudou: por ter se mantido em pista, Hamilton aproveitou o carro de segurança e fez sua troca, voltou para a prova em primeiro lugar e de lá não foi incomodado mais.

Em contrapartida, a equipe errou com Bottas! O finlandês era obrigado a fazer uma segunda parada já que na primeira manteve o mesmo composto médio do início da corrida, mas o time não chamou ele para o pit junto com o pentacampeão. Foi só a menos de cinco voltas para o fim que ele calçou os macios, com o proposito de fazer a volta mais rápida. Contudo, nem isso deu: com mais de 30 voltas com os pneus duros, Hamilton bateu o recorde de volta mais rápida no último giro.

A mais de 26 segundos atrás do inglês, Leclerc viu a terceira posição cair no seu colo. Existe aqueles que poderão afirmar que o universo trabalhou de forma digna com o piloto. A Ferrari mais uma vez errou com o novato e demorou para chama-lo para o box no tempo de duração do Safety Car, o piloto caiu para a sexta posição com Vettel, Gasly e Verstappen a sua frente.

Max foi ligeiro em passar o companheiro de equipe e logo estava a caça de Vettel. Gasly por sua vez deu trabalho para Leclerc, mas esse conseguiu a ultrapassagem.

Foi ai que Vettel deixou mais uma vez transparecer sua mare de decisões e ações precipitadas: ao ser ultrapassado pelo piloto da Red Bull Racing, o alemão tentou dar o bote e bateu com tudo na traseira do holandês. Nenhum dos dois abandonou, mas Vettel caiu para a última posição e ainda foi punido em 10 segundo.

Leclerc que foi prejudicado pela equipe, retornou a seu posto de origem e termino a corrida no pódio. Dia bom também para Gasly que chegou na quarta posição, a melhor até agora com a sua nova equipe e repetindo o feito de melhor registro de sua carreira.

Com toda a movimentação na parte da frente do grid, deu-se até para esquecer as demais equipes. Contudo, é inevitável não citar algumas grandes performances e alguns desapontamentos.

Por exemplo, Carlos Sainz que nem ao Q3 passou no treino classificatório, liderou a segunda parte do pelotão e finalizou a prova em sexto lugar. Já Lando Norris que foi incrível em todos os treinos e no início da corrida, teve alguns enrosco aqui e ali e nem no top 10 finalizou.

Daniil Kvyat também foi destaque, largou das últimas posições e terminou em nono, a frente de Alexader Albon que vem fazendo um trabalho mais elogiável dentro da STR do que o Russo.

E depois de toda a confusa da Haas com sua patrocinadora majoritária, a equipe teve um final de semana para se esquecer. Foram péssimos resultados em todos os treinos e um abandono duplo em Silverstone.

Foi a 80ª vitória na carreira de Lewis Hamilton, onze a menos que o recorde da Fórmula 1 de Michael Schumacher. Além disso, ele se torna o maior vencedor do circuito de Silverstone com seis vitórias, ultrapassando Alain Prost e o outro ídolo inglês: Jim Clark.

Tudo isso somando a um hexacampeonato batendo a porta.

(Foto: Reprodução | Globo)

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