(PÓS-CORRIDA) O que a Hungria tem a dizer?

Depois de muitas corridas com resultados decididos a base de erros estratégicos dos rivais, o Grande Prêmio da Hungria veio para mostrar que não é necessário esperar o erros dos outros para vencer, com uma estratégia bem pensada os bons resultados também aparecem.

A prova parecia só mais uma em um longo calendário, é um fato que muitos não esperavam um espetáculo em uma pista tão travada quanto a de Hungaroring. Contudo, para a felicidade geral tivemos um grande show.

Disputas aconteceram a todo momento e em qualquer parte do pelotão, mas a disputa pela primeira posição foi o que deu o protagonismo para toda a prova.

Vale voltar desde sexta-feira (2) quando os treinos livres indicavam uma grande proximidade entre as três principais equipes: Mercedes, Red Bull Racing e Ferrari. Já na classificação no sábado (3) a equipe italiana não deu muito as caras e se provou uma decepção na corrida. Porém, não era possível ignorar o rendimento da equipe austríaca e propriamente de Max Verstappen! Por fim o piloto conquistou sua primeira pole position da carreira, superando a dupla da Mercedes.

No pelotão de trás vimos algum rendimento da Williams com George Russell e a McLaren chegando de fininho entre os grandes.

Mas voltando propriamente a domingo, o desafio de Verstappen era largar bem – coisa que ele não fez nas duas últimas corridas –já que Valtteri Bottas e Lewis Hamilton prometiam o ataque.

E tudo isso aconteceu.

O holandês largou bem e chegou a dividir a primeira curva com os dois pilotos da Mercedes, mas segurou a posição. Já Bottas perdeu o segundo lugar e um pedaço da asa para Hamilton.

E aí a coisa mudou de forma! O finlandês sem ritmo, parou no pit e caiu para última colocação, a previsão do time era que ele terminasse o dia na sexta posição, mas chegou só em oitavo. Mais uma vez Bottas colocou sua permanência na equipe em jogo.

Ignorando tudo e todos: Max e Lewis travavam suas batalhas, o primeiro guiando de fora limpa e se defendendo bem e o segundo com sangue nos olhos e toda hora ao ataque. Na primeira real oportunidade, Hamilton errou e perdeu sua chance! Foi então que James, o estrategista da Mercedes, entrou em ação.

O pentacampeão foi desconfiado para uma segunda – e não prevista – parada no box, trocou seus pneus duros pelos médios e voltou a 20 segundos atrás de Verstappen. A equipe alemão encurralou a Red Bull em uma jogada pouco provável, mas de muita visão.

Eles não poderiam fazer mais trocas com Max sem perder a liderança e os pneus não iam ter um bom rendimento até o final da prova.

Mas Hamilton também tinha que fazer seu trabalho, era preciso reduzir a distancia antes do fim da prova. E ele o fez, foram 16 voltas de pura adrenalina e perfeição para a quatro voltas do final ele chegasse no Holandês. Esse que sem pneus não mostrou resistência.

Lewis Hamilton pulou a frente e ganhou pela sétima vez em Hungaroring. Verstappen ainda trocou de composto e conseguiu fazer a volta mais rápida da manhã, terminou em P2 conformado e até feliz.

Por pouco ele não assumiu o vice no campeonato, sete pontos faltaram.

Em contrapartida a todo o espetáculo, a Ferrari vai ter muito o que pensar e trabalhar nestas férias da categoria. Sebastian Vettel completou o pódio, após ultrapassar Charles Leclerc nas voltas finais, mas foi a um minuto de distância do primeiro colocado.

É muito tempo de diferença para uma equipe como a Ferrari.

Com o semestre fechando com chave de ouro, agora é esperar o que vem a seguir, novas duplas devem se formar e algumas atualizações dentro das equipes e carros devem acontecer.

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