No Dia Internacional da Mulher trago sempre depoimentos de mulheres que estão envolvidas ou são fãs de automobilismo. Desta vez decidi por contar a história de uma personagem real que chegou ao meus olhos na última semana.
O ano de 2018 foi histórico para as mulheres no oriente, a Arabia Saudita por fim derrubou a lei que proibia mulheres de dirigir no país. Quando tudo aconteceu a engenheira e membro (primeira mulher) do Conselho de Federação Saudita de Automobilismo, Aseel Al Hamad, foi a escolhida para estampar está vitória. Além de participar de um ato promocional da Renault e correr pelas pista de Paul Ricard, foi ela quem entregou o “troféu” de pole position para Lewis Hamilton no GP de Abu Dhabi em 2019.
A imagem gerou bastante repercussão, e particularmente acabei escrever uma crônica sobre: A luta é todo dia.
Contudo, enquanto a Garota da F1 escrevia esses textos e comemorava os acontecimentos, uma outra garota estava construindo sua vida por meio das limitações de seu país, é sobre ela que esse texto se trata!
Reema Juffali, é uma piloto saudita de 29 anos que apareceu nas redes sociais de Susie Wolff, chefe da equipe Venturi na Fórmula E, na última semana.
Juffali é a primeira piloto profissional mulher do país, desde pequena ela criou grande interesse por carros e corridas, o que chega a ser ironia diante das barreiras em sua nação. Ela se formou em relações internacionais em Boston e foi no Estados Unidos que ela conseguiu tirar sua carteira de motorista em 2010.
Foi só em 2017 que ela teve a possibilidade de tirar sua licença para pilotos, após grande movimento chamado “Mulheres para Dirigir” que resultou na liberação dentro da Arabia Saudita. A partir dai, a piloto começou de forma “tardia” (no pensamento da construção de uma carreira dentro do automobilismo) a trilhar o rumo que ela sempre quis. E foi nesse mesmo ano que ela conheceu Wolff.
Em 2018, Juffali participou de sua primeira corrida como piloto profissional no Jaguar I-PACE eTrophy, primeira categoria de automobilismo que utiliza um carro de produção 100% elétrico. Onde ela deu a seguinte declaração “Muitas (pessoas) estão surpresas com todas as mudanças que estão acontecendo na Arábia Saudita. Me ver em um carro, correndo, para muita gente é uma surpresa, mas fico feliz em surpreender as pessoas”.
No final de 2019 ela se juntou a F4 britânica com a Double R Racing, tendo passado pela mesma categoria no campeonato saudita, ao lado de outros dois nomes femininos do esporte a motor oriental, as irmãs Hamda Al Qubaisi e Amna Al Qubaisi.
O futuro dela, foi anunciado na última semana por Susie Wolff: é a F3 britânica, a ex-piloto e chefe de equipe vibrou muito com a notícia. E depois de tamanho percurso, isso é ainda é muito pouco para a história de Reema Juffali, mas sem dúvida ela tem mais caminhos a percorrer e fica como fonte de inspiração a tanta garotas de qualquer parte do mundo que sonham em trabalhar com esse esporte que envolve mais que qualquer coisa: garra.
Como eu tive o prazer de tirar essas informações de um entrevista com Reema, tomei a liberdade de criar este texto com base em pesquisas na internet. As fontes são: arabnews e SCMP.
Muito bom e útil este site!
Gostei muito.
Parabéns!
Puxa, muito obrigada Marcos 😀