Quando a Ferrari anunciou Carlos Sainz no lugar do multicampeão Sebastian Vettel no final de 2020, fui uma das céticas que acreditava que a mudança não ia dar certo!
E podia não ter dado.
Se algo foi discutido durante a temporada de 2021 na Fórmula 1 foi a adaptação dos pilotos em suas novas equipes, Daniel Ricciardo e Sergio Perez foram os grandes exemplos: tiveram vitórias, mas momentos ruins também, principalmente o australiano.
A maior questão sobre a decisão da equipe italiano não era só ter um piloto novo para lidar com o carro, coisa que Charles Leclerc fez muito bem no seu ano de estreia para a Ferrari, era também como eles iriam lidar com dois pilotos jovens. Nos últimos anos foi se criando um padrão na Ferrari de pelo menos ter um piloto veterano e experiente, desde a última conquista no Mundial de Pilotos em 2007 com Kimi Raikkonen.
Não apostei que iria dar certo e imaginei que o espanhol iria sofrer em sua posição, em vista que o projeto e número 1 da equipe é Leclerc.
Contudo, termino este ano de 2021 com a sensação que essa dupla foi a mais harmoniosa e sincronizada do ano. Eles tiveram seus embates e estranhamentos, o que é normal, mas falando em termos de entrega e resultado foi uma aposta certeira da Ferrari.
Carlos Sainz vai continuar mostrando serviço em 2022 e Charles Leclerc não quer dar dúvidas para a escuderia que ele é o piloto número 1 que eles precisam e se este carro vir forte para o novo regulamento (minha aposta) é bem provável que eles obtenham o resultado que buscam a tanto tempo.