Pista nova, troca troca de pilotos e penúltima corrida do ano, as expectativas eram altas, mas muitos não tinham ideia de como o domingo (06) no Bahrein ia surpreender.
O anel externo:
Vamos começar com o circuito, mais uma vez a FIA e a Fórmula 1 acertaram na pista “tampa buraco” para fazer o campeonato acontecer.
O circuito curto, com giros a baixo de um minuto, proporcionaram uma corrida amontoada, com muitas disputas e sem muita abertura de vantagem para quem ia a frente, a parada no pit custava sempre algumas posições.
Mais um GP que os fãs terminam de assistir pedindo para que a categoria o coloque oficialmente nos próximos calendários.
Mais uma vez Charles:
Depois de inúmeras ocasiões, foi a vez de outro piloto que não Sebastian Vettel sentir o poder da “fechada” de Charles Leclerc. O alvo foi Sergio Perez, mas Max Verstappen que não tinha nada a ver com o esquema que acabou pagando caro.
O monegasco também abandonou a corrida, uma depois daquela em que Vettel reclamou que Leclerc sempre fazia dessas e os outros tinham que ter o “cuidado” de não colidir com ele. Talvez a conversa com um Verstappen irritado após os abandonos tenha aberto os olhos do piloto da escuderia vermelha.
Trabalho preguiçoso:
Sem Verstappen e Leclerc, a Red Bull e Ferrari tiveram que passar a corrida inteira concentrados em apenas um de seus pilotos. E deu aquela impressão que quando é para trabalhar com seus pilotos “não favoritos” eles fazem a coisa de qualquer jeito. Principalmente a equipe italiana que não cansa de errar com Vettel, fez péssimas trocas de pneus para o alemão.
Alexander Albon ainda terminou na sexta colocação, mas com o equipamento que tem poderia ter brilhado, mas a equipe também não fez nenhuma estrategia fora da zona de conforto para dar ao menos a oportunidade do piloto tentar se redimir da péssima classificação de sábado.
Ferrari fazendo escola:
Ninguém ligou a televisão domingo imaginado que Sergio Perez ia ganhar a corrida, e sim que havia chances de George Russell vencer sua primeira. E de fato, o piloto da Williams tinha tudo em mãos para isso, se mostrou superior a Valtteri Bottas logo na largada.
Contudo, em uma equipe com poucas falhas, a Mercedes errou feio em uma parada “extra” no box com seus dois pilotos. Foi uma verdadeira bagunça, colocaram pneus misturados no britânico e deixaram o mesmo composto em Bottas.
Isso custou uma dobradinha e a vitória de Russell, que depois teve que retornar ao box mais uma vez para organizar os pneus trocados. A confusão aconteceu devido a uma falha no rádio dentro da equipe, os pneus do substituto de Hamilton não ficaram prontos e ele entrou no pit sem saber da falta de organização e falha de comunicação.
Largada estelar:
Diferente de Bottas que largou mal mais um vez, Lando Norris teve um começo espetacular! O piloto da McLaren foi punido após trocar componentes do carro e começou a corrida da penúltima posição e conseguiu ganhar diversas posições logo na largada!
Ele terminou na zona de pontuação em décimo lugar. Com o resultado de Carlos Sainz em quarto lugar, a McLaren ainda pode lutar pelo terceiro lugar no Mundial de Contrutores, mas tem que tomar cuidado para não perder o quarto para a Renault.
Pódio milionário:
Devemos ter mais um novo milionário por ai, assim como foi no caso do Grande Prêmio de Monza. É difícil imaginar que alguém apostou em um pódio: Perez-Ocon-Stroll, mas se alguém o fez, foi sozinho e agora está rico!
Foi aquele sinal do universo para o mexicano que anunciou a intenção de fazer um ano sabático caso a Red Bull não assine com ele. Perez veio de um ano com grandes performances e conquistou sua primeira vitória na carreira neste final de semana. Uma pena caso fique de fora!
Junto com ele, Esteban Ocon lava um pouco a alma, após ser taxado de “mal piloto” por não dar um mesmo retorno que Daniel Ricciardo, ele foi certeiro ao ultrapassar Lance Stroll no meio da corrida e assim conquistar a segunda posição no final dela.
Enquanto isso o canadense, que administrou bem o composto macio por mais da metade da corrida, deixou a vitória escapar mais uma vez, era bem possível que se ele não tivesse sido ultrapassado por Ocon teria chances de lutar pelo primeiro lugar com seu companheiro de equipe. De toda forma é o segundo pódio dele no ano, o que coloca a Racing Point na terceira posição do Mundial de Construtores e vai lutar diretamente com a McLaren na próxima corrida para terminar no posto.