A resposta é simples e quem deu foi Sebastian Vettel após o Grande Prêmio de Singapura.
De acordo com ele, a Ferrari “tem os ingredientes, mas precisamos entender qual a quantidade ideal de cada ingrediente para fazer o bolo crescer”.*
Com o melhor carro de umas corridas para cá, a equipe italiana não vem acertando o passo. A superioridade sob a Mercedes é mínima, mas ela existe, isso é o que informam os dados, chefes de equipe e especialistas. Contudo, mais do que o enorme desempenho de Lewis Hamilton do outro lado da linha, a Ferrari está contato com pequenas falhas que aos poucos estão resultando na derrota, tanto do mundial de pilotos quanto de construtores.
Vettel talvez nunca tenha estado tanto sob pressão: Kimi Raikkonen parece não estar mais disposto a ajuda-lo, Charles Leclarc vai assumir a vaga do finlandês em 2019 (o que deixa um suspense sobre quem a escuderia vai priorizar) e claro, o jejum de 11 anos sem um mundial para a Ferrari. Tudo isso calhou em vacilos por parte do piloto, que custaram caro para ele.
A morte de Sergio Marchionne também abalou as estruturas dentro do time.
A equipe não está isenta da culpa, o último GP foi a prova disso. Mesmo que Vettel tenha acertado o muro no TL2, o que impossibilitou fazer o teste de tempo em corrida, estava claro para qualquer um, que o carro não estava rendendo com o pneu ultramacio, composto este, que a Ferrari arriscou em colocar durante a corrida.
A estrategia foi um desastre, e para sorte de Vettel, Valtteri Bottas também não estava rendendo bem em Marina Bay, então o alemão conseguiu manter sua posição de início: o terceiro lugar.
Agora o que resta para Sebastian Vettel, é torcer por uma quebra de Hamilton, caso isso não aconteça, só vencendo as últimas seis corridas da temporada que o piloto da Ferrari consegue o penta. O que a essa altura parece pouco provável e pela feição e declarações do tetracampeão, parece que ele se entregou.
*Citação tirada da matéria da jornalista brasileira Julianne Cerasoli.