(PÓS-CORRIDA) O que Suzuka tem a dizer?

O final de semana no Japão foi extremamente bagunçado! Desde o cancelamento das atividades de sábado devido ao tufão que passou pelo país, até pelas atitudes dentro de pista no domingo.

De modo geral a corrida foi bem equilibrada, entre muitas ultrapassagens, alguns abandonos e estratégias sem sentido. O foco do texto vai ser nas ações das duas principais equipes e de seus pilotos!

Começando pela Ferrari: foi uma surpresa positiva a dupla ter superado Lewis Hamilton e Valtteri Bottas no treino classificatório. Contudo, na hora de largar a coisa ficou desajeitada. Nenhum deles conseguiu segurar suas posições, tendo Bottas pulado a frente e Charles Leclerc enfrentado Max Verstappen diretamente.

O combate custou caro para o holandês que abandonou a corrida, mas para o piloto da Ferrari ficou bem barato: Leclerc ainda permaneceu muito tempo em pista, com pedaços do carro voando em cima de Hamilton, que perdeu até o retrovisor. No rádio o monegasco pedia para permanecer na pista porque ele “sentia” que o carro estava bom, mas atrás dele outros pilotos poderiam ter sofrido com a imprudência.

Os comissários decidiram por punir Charles apenas depois da corrida, foram 15 segundos cobrados, apenas uma posição perdida. A ação demorada e o desiquilíbrio entre a punição dele comparado com os danos que causou, deixo a maioria dos fãs (principalmente os de Max) irritados.

Momento em que Hamilton perde o retrovisor (Foto: Reprodução)

Seguindo a mesma linha de “não punição”, Sebastian Vettel queimou a largada e os comissários decidiram por não punir o alemão. A justificativa foi que o piloto não saiu do traçado demarcado, se existe um clausula que da este tipo de abertura, então foi correta a decisão. Contudo, vale lembrar que as penalidades também vem cheias de interpretações e talvez os comissários só quiseram arrumar a sujeira do Canadá.

Dá para se dizer que a Ferrari sofreu mais danos devido a motivações dos próprios pilotos do que por erros estratégicos.

Já a Mercedes, parecia perdida mesmo tendo a vantagem!

Com a vantagem na largada, Bottas era o beneficiado da vez, foi o primeiro a parar, calçou os pneus médios e pararia mais uma vez. Hamilton ficou mais tempo na pista e chegou até a assumir a liderança, ao parar para sua troca foi dito que ele se manteria no circuito até o fim.

No cenário a um pouco mais de dez voltas para o fim, o inglês estava com a vantagem de estratégia e liderava após Bottas e Vettel fazerem suas segundas paradas. Foi informado para o finlandês que Hamilton entraria mais uma vez ao box – o que para ninguém fazia sentido, já que os pneus do mesmo estavam ótimos e ele estava a 8s de distância do segundo colocado. A informação estava correta passada para Valtteri estava correta, mas parece que não foi devidamente apresentada ao pentacampeão que voltou atrás de Vettel e terminou a corrida na terceira posição.

Toto Wolff afirmou que a atitude foi para não beneficiar o inglês já que a vantagem era de Bottas, mas não seria mais lógico pedir para que Lewis abrisse vantagem em cima de Vettel e voltar em segundo? Ou até arriscar uma jogada de equipe e pedido para Hamilton abrir passagem para o companheiro de Mercedes?

Talvez ai o time tenha perdido de comemorar seu sexto título no Mundial de Construtores com uma dobradinha e sem toda a tensão que ficou no ar. A jogada para dizer “olha nós tratamos nossos dois pilotos como iguais” não foi bonita.

De toda forma, com o principal campeonato definido agora a Mercedes foca em 2020 e Hamilton talvez tenha que esperar um pouco mais para conquistar seu Hexa pessoal.

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