Regulamento que limita uso de três motores por piloto acaba com competitividade na F1

De acordo com Jean Todt, diretor da FIA, a culpa de tudo isso é das próprias equipes que decidiram em conjunto, pelo uso de apenas três motores por piloto na temporada de 2018.

Tenham concordado  ou não com tal regulamento, ele agora existe, e já trás resultados negativos para a categoria!

A primeira atitude tomada pelas equipes foi nos treinos livres, os carros passavam mais tempo nos boxes do que em pista, tudo isso com a ideia de poupar o motor. Os pilotos chegavam a dar apenas duas voltar e sair de seus carros.

Porém, a verdadeira consequência foi na pista! Durante o Grande Prêmio da Austrália neste domingo (25) os pilotos estavam tão preocupados em poupar motores que os atacas foram poucos. Com Lewis Hamilton a frustração deve ter sido maior ainda, já que em meio ao ataque contra Vettel ele ouvi por rádio seu engenheiro dizendo que ele devia recuar e poupar seu motor.

Isso não é novidade na F1, a limitação de motores para os pilotos sempre foi uma preocupação na hora de usar mais a potência do carro. O próprio Hamilton que o diga, afinal perdeu uma campeonato por conta de um motor explodido sem explicações.

Contudo, a temporada atual está destinada a destruir o resto de competitividade existente entre as equipes, com toda essa história de um limite menor, no ano com o maior número de corridas da história da F1, não deixa dúvidas de que as ultrapassagens vão diminuir e o incentivo aos pilotos vai ser menor. Eles vão ter que decidir entre se arriscar a perder um motor e no final do ano sofrerem com punições por exceder esse limite, ou recuar e se acomodar em sua posição. O que não faz parte da natureza de nenhum piloto de Fórmula 1.

Essas foram as palavras de Hamilton após a primeira corrida do ano:

A forma como o esporte é configurado com economia de combustível e todas essas coisas diferentes, três motores, não pode atacar… Você tem que pensar nisso e recuar. Então, provavelmente não é empolgante para os fãs terem visto. Mas eu quero terminar minha temporada nesses três motores, não quero ter um quarto. Vai contra meu espírito de correr poupar motor e gasolina. Eu quero correr até a linha de chegada. Eu estou bem o suficiente, me sinto bem.

Resumindo: os carros com maior resistência no motor serão os privilegiados (mais ainda, afinal esses carros já são os de ponta), enquanto os de segundo escalão vão passar a temporada correndo atrás de seus próprios rabos sem poder fazer nada além disso, e em vez de lhes dar esperança de crescimento só os levarão ao fracasso.

 

*trecho de entrevista tirado do globoesporte.com

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